tiaemptylidiane

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

3 histórias sobre a importância de questionar

Contos sobre obediência, conflitos de interesses e o desenvolvimento de ideias propõem reflexões para as crianças

POR:
Paula Calçade

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Educação infantil: 3 contos para valorizar a amizade

Textos tratam da amizade, solidão e uma visão inclusiva, que vai além dos coleguinhas da mesma idade.


No dicionário Aurélio Buarque de Holanda, a palavra amigo pode ser tanto um adjetivo quanto um substantivo, ou seja, amigo pode ser uma qualidade de uma pessoa ou o próprio amigo. Os significados são muito parecidos e dizem respeito a pessoas ligadas por laços de amizade.
A amizade é baseada em sentimentos como afeto, atenção, carinho, companheirismo, lealdade e proteção.
Por ser uma das relações interpessoais mais comuns, a amizade está presente no aprendizado das crianças. Na Educação Infantil, uma das formas mais comuns de explorar questões com as crianças é fazer a leitura de histórias, seguidas de uma conversa.
Tita e LolaO conto de Bel Assunção usa a figura de cachorrinhos para falar sobre solidão e amizade
"Tita era uma cachorrinha muito querida e mimada, mas que vivia sozinha o dia inteiro, a coitada.
É que seus donos passavam muitas horas trabalhando e Tita, sem outra escolha, ficava sempre esperando.
As horas passavam lentas, quase nada acontecia, os segundos se arrastavam, Tita acordava e dormia.
E quando chegava à noite era uma festa sem fim! Tita recebia os donos tremendo feito um pudim!"

Nino quer um amigo, conto de Katia Canton  Ilustração: Sérgio Ramos
Nino quer um amigoConto de Katia Canton sobre solidão e estima
"Nino, por que você está sempre tão sério e cabisbaixo? 
Nino vivia triste. Ele se sentia sozinho. Ninguém queria ser amigo dele. 
Pobre Nino. 
Um dia, na praia, ele ficou esperançoso de encontrar um amigo. 
- Ah, um menino. Quem sabe..., e tentou chegar perto dele.
Mas o menino virou para o lado, cavou um buraco.
E ainda jogou areia no Nino."
Dona Cotinha, Tom e Gato Joca, conto de Cléo Busatto   Ilustração: Divulgação
Dona Cotinha, Tom e Gato Joca
Conto de Cléo Busatto sobre a amizade lúdica de um menino, uma senhora e um gato 
"Em frente à minha casa tem outra casa, pequena, de madeira, azul com janelas brancas. Está no fim de um terreno enorme com muitas árvores. Para mim aquilo é o que chamam de floresta. Tom diz que é um quintal. Ali mora dona Cotinha, uma velhinha que tem cabelos lilás e dirige um Fusquinha vermelho. Esse passou a ser meu esconderijo. Dona Cotinha sempre aparece com um prato de comida. Diz:
- Vem, gatinho. Olha só o que eu trouxe para você."




Crianças precisam aprender habilidades socioemocionais na escola

Por: Soraia Yoshida


“Se as crianças aprendem habilidades socioemocionais, elas vão ter consciência de quem são, quais são seus pontos fortes, como se desenvolver e trabalhar essas áreas. Se queremos alunos mais engajados, é o que temos de fazer”, afirma a especialista norte-americana Pamela Bruening, diretora de aprendizado profissional na Cloud9World. Em sua apresentação durante a Bett Educar, ela defendeu que as habilidades socioemocionais podem ajudar a construir seres humanos mais completos. E que a escola deve ter esse papel no aprendizado e na prática, estendidos também à família e comunidade.

Das dez habilidades identificadas pelo Forum Econômico Mundial, seis envolvem competências sociais e emocionais - gerenciamento de pessoas, coordenação com outros, inteligência emocional, processo de julgamento e tomada de decisão, orientação para servir e negociação.

O que envolve cada uma delas:
Autoconsciência
Identificar emoções, ter percepção afiada, reconhecer pontos fortes, desenvolver autoconfiança e autoeficácia.

Consciência social
Saber olhar as coisas em perspectiva, desenvolver empatia, apreciar diversidade e respeitar os outros.
Autogerenciamento
Aprender a controlar impulsos, saber lidar com estresse, ter disciplina, automotivação, buscar objetivos, construir habilidades organizacionais

Habilidades de relacionamento
Comunicação, engajamento social, construir relações e saber trabalhar em grupo.
Tomada de decisão responsável
Identificar problemas, analisar e avaliar situações, solucionar problemas, refletir, ter responsabilidade ética.

Se as escolas estruturarem uma linha de trabalho que contemple essas cinco competências, então as chances de sucesso tornam-se muito maiores. “Se uma escola inteira adotar essa linha de trabalho, os resultados vão aparecer em pouco tempo. Se for uma classe só, ainda assim fará diferença”, afirma.
Escolas que estão implementando o aprendizado de habilidades socioemocionais de maneira sistêmca registraram um aumento no nível acadêmico de seus alunos. Uma pesquisa com diretores mostrou que no desenvolvimento da habilidade dos alunos de aplicar seu conhecimento em situações do mundo, 30% reportaram sucesso. Em relação ao desenvolvimento do conhecimento do aluno em áreas importantes, as escolas que fizeram essa opção tiveram 46%.
Nos Estados Unidos, a discussão sobre a implementação de habilidades socioemocionais no currículo vem desde os anos 1990. Dependendo da cidade e do estado, havia interesse na adoção dessas capacidades. Algumas escolas testaram programas como Service Learning, Community Care, entre outros, mas sempre com resultados mistos, pois não havia uma estruturação. Apenas na última década, porém, alguns estados adotaram em seu currículo o aprendizado socioemocional (social and emotional learning, na sigla em inglês).
Para uma implementação adequada, Pamela aponta que é preciso uma estrutura sistêmica para dar apoio a educadores que investem na educação integral, que as cinco competências sejam ensinadas em diversos cenários, estratégias coordenadas em toda escola e que cheguem à comunidade.
Fonte: revista Nova Escola