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domingo, 25 de novembro de 2012

Texto: Eleições na floresta

Caso cômico foi o que aconteceu no dia do lançamento da candidatura do Papagaio Louro à Administração Geral da floresta.
        A clareira onde os bichos faziam suas reuniões foi tomada por um bom número de ouvintes, curiosos pela plataforma política do candidato. Depois, a luta estava no seu ponto mais alto, nervosa e empatada entre os dois únicos candidatos àquele honroso cargo: o já citado Papagaio Louro e a senhorita Galinhoca, presidente do C.F.C (Clube Feminino da Floresta).
        Como se disse antes, a preferência do eleitorado não estava definida. Os bichos ouviam por ouvir ambas as partes, para mais tarde cada qual escolher o que mais lhe conviesse.
        Naquele dia, a bicharada ouviria Papagaio Louro. O comício da candidata Galinhoca havia sido um escândalo, por que no momento em que ia falar, fez um esforço tão grande, que não é que botou um ovo? A expectativa do discurso do Papagaio Louro era, portanto, de consagração final.
        Foi sob aplausos que o candidato subiu no palanque, que era um toco velho, e pigarreou para limpar a garganta e silenciar os ouvintes. Como o pigarro continuasse, pediu uma cuia de água, nascente ali por perto. O Macaquildo, excelente garçom, trouxe ao candidato a sua cuia com água tão fresquinha que parecia gelada.
        O orador bebeu – a toda de uma vez. Logo sorriu para a platéia, testou novo pigarro e começou:
        - Meus queridos bichos – purutaco – as aves e insetos da nossa floresta – purutaco. Eu hic – pupu – hic – rutaco – espero – hic - ... e, indo assim por diante. Foi provocando um festival de gargalhadas, porque o Papagaio Louro pegou num soluço de não sair do pupu – hic – rutaco – hic, etc.
        Os adversários aproveitaram a ocasião para empatar o eleitorado em suas preferências. O Papagaio não mais se recuperou e, por levar tantos tapinhas nas constas, quase foi parar no hospital.
        Como terminou a história?
        Assim: sendo os candidatos incompetentes, foi eleito em caráter excepcional o Canarinho da Terra que, mesmo não fazendo nada, já estaria contribuindo, e muito, com seus belos trinados de notável canto.

                                  Wagner Antônio Calmom Ferreira
Interpretando o texto
 1.Assinale a alternativa que apresenta a idéia principal do texto:
(   ) A eleição para a escolha do presidente do Brasil em 2006.
(   ) A eleição  para a Administração Geral da Floresta.
(   ) O protesto da bicharada contra o rei leão.
2. No momento do discurso, a senhorita Galinhoca:
(   ) esforçou – se tanto que botou um ovo.
(   ) falou demos e não sabia como falar.
(   ) cacarejou alto para silenciar os ouvintes.
(   ) soluçou muito, incomodando as pessoas.
3. No final da história não foi eleito nem o Papagaio Louro e nem a dona Galinhoca. Quem assumiu o cargo. Por quê?
 
4. Ele subiu no palanque, pigarreou, pediu água. Imediatamente
As palavras que dão seqüência a essa frase são:
(   ) assustou – se com a platéia.
(   ) começou a chorar.
(   ) bebeu toda a água.
(   ) parou de falar.
5. O Papagaio Louro se enrolou no seu discurso, pois estava com soluço. Pense e escreva um bonito discurso para o papagaio. Não se esqueça da pontuação adequada.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Palavrões em sala de aula. O que fazer?

É normal que ao longo do crescimento, quando as crianças já freqüentam outros ambientes além do familiar, elas descubram coisas novas. Os palavrões são exemplos dessas “coisas”.
Quando a criança vai para a escola começa a se interessar pelas coisas que os amigos fazem, pois os exemplos servem sempre de modelo.
Assim, ao aprender um palavrão é normal que o repita para as pessoas de sua família. Os pais devem passar essas informações para a professora, a fim de solucionar o problema.
Pais que não tem esse hábito costumam ficar chocados, pois acreditam que a escola começa a prejudicar a educação que eles têm dado ao filho.
O palavrão aparece no vocabulário da criança como uma palavra qualquer, já que não conhece nem entende seu significado.
Se em casa a criança não recebe este exemplo, os pais podem ficar tranqüilos, pois os valores inseridos na família são os que vão prevalecer. Porém, é importante que expliquem que estas são palavras feias e que na família não se falam dessa forma. A criança irá aprender sobre esses conceitos, com certeza. 
Quando a família tem o hábito de utilizá-los, ensinar aos filhos que não se pode falar torna-se uma tarefa quase impossível. Normalmente as crianças, além de copiarem os exemplos de pais e irmãos, querem saber por que não podem falar se os maiores falam, ou se os próprios pais se tratam com desrespeito e xingamentos.
Se a família é harmoniosa, se tratam com respeito, carinho e atenção uns aos outros, a criança tende a se espelhar nesses exemplos, tornando-se tranqüila, educada e de bom convívio social. Se o ambiente familiar é de discórdia, intriga, agressões, a criança também aprenderá esse modelo e o levará para outros meios sociais em que convive. Normalmente são crianças mais agressivas e agitadas.
Na escola, quando isso acontece, a professora deve estar atenta para que o palavrão não se torne uma prática dentro da sala de aula, propondo como regra e limite da turma que os mesmos não sejam usados. Deve também conversar com os pais da criança que xinga, para buscar informações sobre o assunto, se a criança tem ou não contato com pessoas que falam palavrões.
É bom lembrar que as regras de boa convivência social vão sendo compreendidas e absorvidas pelas crianças na medida em que vivenciam as mesmas. Então, nada de se descabelar, como se isso fosse coisa de outro mundo. Afinal, quanto mais natural o assunto for tratado, menos chamará atenção da criança, levando-a a esquecer logo os mesmos.

 Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola




Palavrão


1 – Como você define o palavrão?
Um eco das cavernas, o rosnar do troglodita que ainda existe no comportamento humano.

2 – Conheço gente civilizada que diz palavrões.
Destempero verbal, civilidade superficial.

3 – Seria uma educação de fachada?
Sim. Não podemos confundir rótulo com conteúdo. É fácil cultivar urbanidade nos bons momentos. Mostramos quem somos quando nos pisam nos calos ou martelamos os dedos.

4 – Não seria razoável considerar que em circunstâncias assim o palavrão é útil, exprimindo indignação ou amenizando a dor?
Há quem diga que nessas situações ele é mais eficiente do que uma oração. Só que a oração nos liga ao Céu. O palavrão nos coloca à mercê das sombras.

5 – Mas o que vale não é o sentimento, expresso na inflexão de voz?
Posso fazer carinho com um palavrão ou agredir com palavras carinhosas. Não me parece do bom gosto demonstrar carinho com palavrões. Imagine-se dando uma paulada carinhosa em alguém. Além disso, há o problema vibratório.

6 – As palavras têm peso vibratório específico?
Intrinsecamente não. No entanto, revestem-se de magnetismo compatível com o uso que fazemos delas. Há uma vibração sublime, que nos edifica e emociona, a envolver o Sermão da Montanha. Quando o lemos contritos, sintonizamos com a vibração sublime de milhões de cristãos que ao longo dos séculos se debruçaram sobre seus conceitos sublimes, em gloriosas reflexões.

7 – Considerando assim, imagino a carga deletéria que há no palavrão mais usado, em que “homenageamos” a mãe de nossos desafetos.
Sem dúvida, além de nos colocar abaixo do comportamento do troglodita, já que este agredia seus desafetos, não a mãe deles.

8 – Você há de Convir que é difícil abolir o palavrão inteiramente. Há todo um processo de Condicionamento, o ambiente. Lá em casa, por exemplo, ele corre solto.
Isso é relativo. Venho de uma família de italianos da Calábria, um povo que cultua adoidado o palavrão. Alguns tios meus, em situação de irritação extrema, dirigiam impropérios a Deus. Desde cedo, vinculando-me ao Espiritismo, compreendi que esse tipo de linguajar não interessa ao bom relacionamento familiar e muito menos à nossa economia espiritual.

Richard Simonetti
Livro: Não pise na Bola

sábado, 10 de novembro de 2012

Com os jogos, as crianças aprendem que ganhar e perder faz parte da vida


Ao jogar - um comportamento que atravessa séculos -, a criança descobre que ganhar e perder faz parte da vida e desenvolve estratégias para enfrentar várias situações e os adversários.

Sentados em grupo, crianças, jovens, homens, mulheres e idosos lançam dados, viram cartas e movimentam peças de acordo com regras preestabelecidas e acordadas por todos. Em resumo, jogam. E, consequentemente, se divertem, desafiam uns aos outros, passam o tempo. Um olhar atento mostra algo mais: jogos de tabuleiro revelam peculiaridades da cultura de um povo. Alguns tradicionais, como o Jogo da Glória, surgiram como forma de simbolizar a vida e a morte. Outros demonstravam em sua origem a importância das estratégias de guerra, como o xadrez, e as crenças de um povo, como o mancala.
Levando em conta essas características de comportamento e cultura, quando se transforma em espaço de jogo, a escola possibilita a construção de saberes. O desafio de uma partida proporciona a elaboração e a exploração de questões relacionadas à sociabilidade (que se dá por intermédio de regras) e ao desenvolvimento de estratégias. Detalhes que chamam a atenção para a possibilidade de trabalhar com tabuleiros sem a obrigatoriedade de vincular a atividade às áreas do conhecimento.




Jogo de memória

 Características
Como o próprio nome indica, ele requer boas estratégias de memorização dos integrantes para acumular pontos.

Origem

Foi criado na China no século 15. Era formado por baralho de cartas ilustradas e duplicadas.

Por que propor

Para que os pequenos estabeleçam relações entre imagens e a posição no tabuleiro e, assim, desenvolvam estratégias de memorização.

Como enriquecer o brincar

■ Discuta com a turma as estratégias para localizar as figuras no espaço, como a fixação de um ponto de referência e a observação do entorno de uma figura.
■ Converse com os pequenos ao término de cada partida para socializar as táticas usadas por cada jogador.

O erro mais comum
Elaborar jogos da modalidade para fixar conteúdos. A modalidade impõe desafios por si própria e não faz sentido ensinar recorrendo à memorização.

Jogo cooperativo

Características 
A ideia básica desse tipo de jogo é a união de todos os participantes contra um inimigo comum - o próprio tabuleiro -, que pode ser representado por um personagem do jogo. Geralmente, ele possui caráter simbólico - por exemplo, a missão de um grupo de príncipes de evitar que uma princesa seja capturada por uma bruxa malvada.

Origem

Remontam às atividades tribais e aos rituais mágicos de diversas sociedades antigas para combater um inimigo comum real (como a chuva) ou imaginário (como duendes).

 Por que propor
Para os pequenos refletirem sobre a importância de coordenar ações em conjunto e compreenderem regras estruturadas.

Como enriquecer o brincar
■ Ponha em debate, logo depois da partida, as decisões tomadas a respeito das jogadas executadas pelo grupo.

O erro mais comum
Oferecer só jogos cooperativos. A ideia de que competir é ruim não se sustenta. A importância de ofertar a modalidade está na diversidade de regras com que as crianças entrarão em contato.

 

Conto: No Circo

(Ana Luiza Coutro)
Domingo no circo! Não há nada mais divertido.

Quando eu era criança, lembro que desde cedo eu já ficava esperando, o almoço parecia não chegar nunca! Depois vinha a sexta, e lá pela três da tarde meu pai se levantava e dizia:

- Bom, bom, será que alguém quer dar um passeio?

Era o sinal. Eu e minha irmã corríamos para tomar banho, minha mãe nos vestia com as melhores roupas e lá íamos nós, contentes da vida!

O meu número preferido era o dos trapezistas.

Eles voavam de um lado para o outro, parecendo pássaros, e o público todo ficava olhando aqui de baixo, de boca aberta.

Quando o espetáculo terminava, ainda tinha a pipoca a caminho de casa.Chegávamos cansados, mas felizes. E, de noite, eu sonhava em voar naquele céu de lona.

Conto: Um Visitante Diferente

(M. M.)
Dispersado de sua terra, passaram-se muitos anos até que o povo de Israel estivesse morando novamente em Jerusalém. Mesmo assim, ele não tinha soberania.
O império romano e sua força militar dominava muitos povos, entre eles, os israelistas que também tinham de pagar impostos aos romanos. Dessa forma, o rei que governava as terras de Israel, era escolhido pelo imperador romano e chamava-se Herodes.
Também havia naquela mesma época, um sacerdote chamado Zacarias, casado com Isabel. Os dois eram pessoas justas e viviam conforme os mandamentos de deus.
Eles queriam muito ter filhos, mas já estavam ficando velhos para ter um bebê.
Além de Zacarias, os israelistas tinham outros sacerdotes que, como ele, cuidavam do templo e faziam tudo o que fosse necessário para prestar culto a Deus.
Estes sacerdotes sempre escolhiam um deles, para entrar no santuário e adorar a Deus.
Certo dia, Zacarias foi escolhido para essa tarefa. E, enquanto cuidadosamente preparava o altar, surgiu de repente um anjo. Zacarias ficou perturbado e também com medo.

sábado, 3 de novembro de 2012

5 pontos sobre lista de material escolar

Conheça cinco cuidados indispensáveis na confecção e distribuição de listas de material escolar

 1 Identificação da clientela

O primeiro passo do gestor que pretende contar com os pais na aquisição de material escolar é conhecer em detalhes a realidade socioeconômica da comunidade. Para isso, é possível usar algumas informações que estão na ficha de matrícula - como nível de escolaridade, profissão, renda e recebimento ou não de verba de programas governamentais (leia reportagem). As famílias de baixa renda ou dependentes do Bolsa Família, por exemplo, certamente terão dificuldade - e, às vezes, impossibilidade - de atender à solicitação da escola, o que pode causar constrangimento. "Os pedidos não atendidos não podem, em hipótese alguma, inviabilizar a ida das crianças à escola nem o envolvimento delas com as atividades propostas", explica Mariana Ferraz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Se a comunidade não pode ajudar, o gestor deve buscar auxílio na Secretaria de Educação ou pensar em ações alternativas (leia mais no item 5).

2 Checagem do estoque

Antes de fazer qualquer solicitação, levante os itens disponíveis: os enviados pela Secretaria de Educação, os que sobraram do ano anterior e que têm condições de uso (cadernos em branco, folhas de sulfite) ou não estão com prazo de validade vencido (cola, massinha). Para criar o hábito de pedir somente o que é realmente necessário e evitar o desperdício, vale contabilizar o que é usado ao longo do ano para saber o que tem maior e menor saída.

3 Comunicação às famílias

Identificados a clientela e os materiais que faltam para o bom andamento das aulas, o gestor tem ainda um passo a cumprir antes de entregar a lista aos pais: informar às famílias os motivos da solicitação. Na reunião para tratar desse assunto, é fundamental demonstrar que a quantidade ou o dinheiro disponíveis na escola não são suficientes. Basta uma conta simples: dividir a verba pelo número de alunos, mostrando que o valor não vai atender à demanda. Vale contar sobre os projetos planejados e os recursos que serão necessários para implementá-los. Dessa maneira, fica mais fácil discutir com o grupo as melhores soluções para o problema. Se o caminho for mesmo requisitar material dos pais, é importante deixar claro que a contribuição não é obrigatória. Algumas estratégias facilitam a participação das famílias: aquelas que têm mais de uma criança matriculada podem entregar o material em duas ou três vezes ao longo do ano.

4 Seleção e solicitação
 
A lista de material escolar só pode conter itens de caráter pedagógico, como papel sulfite, giz de cera, lápis, tinta guache etc. Ficam de fora produtos de limpeza como esponja, panos, álcool e de higiene pessoal (papel higiênico e sabonete). Não é permitido indicar determinado estabelecimento para a compra ou exigir que ela seja feita na própria escola - o que configura a chamada venda casada, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Também é proibido impor uma marca específica, a não ser que exista apenas um fornecedor no mercado. Isso porque as famílias têm o direito de pesquisar e comparar os preços e as condições de pagamento oferecidas por concorrentes. Contudo, é preciso esclarecer à comunidade sobre a importância de verificar, na hora da compra, se o material traz informações sobre o fabricante para evitar produtos de origem desconhecida e que não atendam a especificações técnicas; a composição do produto; a data de validade e as condições de armazenagem.

5 Arrecadação alternativa

Existem algumas saídas possíveis que ajudam o gestor a contornar ou minimizar o problema da carência de material pedagógico nas escolas. Um meio bastante conhecido e utilizado é a organização de festas. Se essa for a alternativa escolhida pela comunidade, é preciso sempre deixar explícito o objetivo do evento, definir os produtos que serão comprados com a arrecadação e prestar contas. É necessário também combinar que a ajuda na organização da festa é facultativa e voluntária - participa quem pode e quer, tanto entre os membros da comunidade como da própria equipe escolar. Outra solução possível é fazer uma pesquisa entre as famílias e os estabelecimentos do bairro, como donos de papelarias, em busca de parceiros dispostos a colaborar, ou mesmo buscar auxílio de organizações não governamentais que atuem na cidade.

Dicas de leitura para crianças de 4 a 6 anos

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, Ana Maria Machado, 24 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 18,90 reais

O POTE VAZIO, Demi, 36 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3241-3677, 29,90 reais

LÁ VEM HISTÓRIA, Heloisa Prieto, 80 págs., Ed. Companhia das Letrinhas, tel. (11) 3707-3500, 32 reais

CATARINA E JOSEFINA, Eva Furnari, 16 págs., Ed. Formato, tel. 0800-011-7875, 16,80 reais

A FESTA NO CÉU, Cristina Porto, 32 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 22,90 reais

A BOLA E O GOLEIRO, Jorge Amado, 32 págs., Ed. Companhia das Letrinhas, tel. (11) 3707-3500, 25 reais

A VACA REBECA, Regina Siguemoto Martinez, 16 págs., Ed. Scipione, tel. 0800-161-700, 20,90 reais

A FLAUTA MÁGICA, Ruth Rocha, 48 págs., Ed. Callis, tel. (11) 3068-5600, 26,90 reais

TEM DE TUDO NESTA RUA..., Marcelo Moreira Xavier, 16 págs., Ed. Formato, tel. 0800-011-7875, 21,90 reais

MACAQUINHO, Ronaldo Coelho, 20 págs., Ed. Lê, tel. (31) 3423-3200, 19,80 reais

CONTOS DE ANDERSEN, Hans Christian Andersen, recontado por Mary e Eliardo França, 120 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 51,90 reais

O REI BIGODEIRA E SUA BANHEIRA, Audrey e Don Wood, 32 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 20,90 reais

CONTOS DE GRIMM, Wilhelm e Jacob Grimm, 96 págs., Ed. Companhia das Letrinhas, tel. (11) 3707-3500, 38 reais

A TORTO E A DIREITO, Braz Uzuelle, 32 págs., Ed. Paulinas, tel. (11) 5081-9333, 18,90 reais

FLICTS, Ziraldo, 48 págs., Ed. Melhoramentos, tel. (11) 3874-0800, 7,70 reais

BRUXA, BRUXA, VENHA À MINHA FESTA, Arden Druce, 32 págs., Ed. Brinque-Book, tel. (11) 3032-6436, 27,50 reais

A VELHOTA CAMBALHOTA, Sylvia Orthof, 132 págs., Ed. Lê, tel. (31) 3423-3200, 18,50 reais

O CASO DO BOLINHO, Tatiana Belinky, 32 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 22,50 reais

O CASO DAS BANANAS, Milton Célio de Oliveira Filho, 32 págs., Ed. Brinque-Book, tel. (11) 3032-6436, 28,50 reais

VIVIANA - RAINHA DO PIJAMA, Steve Webb, 34 págs., Ed. Salamandra, tel. 0800-17-2002, 31,80 reais

EU QUERIA TER UM URSO, Marcelo Bicalho, 16 págs., Ed. Paulinas, tel. (11) 5081-9333, 11 reais

BOM DIA, TODAS AS CORES!, Ruth Rocha, 35 págs., Ed. Quinteto, tel. (11) 3611-3055, 23,30 reais

HISTÓRIAS DA COLEÇÃO GATO E RATO, Mary e Eliardo França, 72 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 43,50 reais

A LIBÉLULA ABILOLADA, Bia Hetzel, 24 págs., Ed. Manati, tel. (21) 2512-4810, 7 reais

OU ISTO OU AQUILO, Cecília Meireles, 96 págs., Ed. Nova Fronteira, tel. (21) 2131-1111, 32,90 reais

CHAPEUZINHO AMARELO, Chico Buarque, 36 págs., Ed. José Olympio, tel. (21) 2585-2000, 22 reais

De que maneira agir diante do inesperado ?

O professor tem de dar conta do conteúdo e dos imprevistos em sala, mas tudo varia conforme as circunstâncias. Como nem sempre é possível antecipar as atitudes dos alunos, saiba o que fazer em alguns casos.
 
Falta tempo para terminar a atividade 
Mesmo com planejamento, por vezes a aula não é suficiente para concluir a proposta. "Se isso acontecer, é necessário ter clareza do que são atividades estruturantes - essenciais para o desenvolvimento do conhecimento - e complementares", diz Vasconcellos, do Libertad. No primeiro caso, reveja o que foi previsto e dê continuidade ao trabalho no outro dia. Se a proposta interrompida for complementar, uma opção é pedir que a turma termine em casa. De todo modo, reserve uns minutos na aula seguinte para voltar ao assunto. Isso evita que as crianças deixem de dar atenção à tarefa de casa.

Uma criança se nega a participar da aula
Converse com ela para saber se o motivo é pontual, como ter discutido com um colega, ou se pede sua intervenção. É o caso de ela não ter compreendido o conteúdo, por exemplo. Foi o que ocorreu com um aluno de Valéria que se recusou a participar de uma atividade de leitura por ter dificuldades. Ela adaptou o planejamento e utilizou materiais do interesse dele, já que trabalhar com parlendas e contos, como previsto, não ia incentivá-lo a ler. "Preparei desafios matemáticos que tinham de ser interpretados e li com ele textos científicos e regras de jogos de raciocínio. Depois de ultrapassar essa barreira, retomei os outros gêneros textuais."

 Alguns estudantes se desentendem
Conflitos sempre vão surgir durante as aulas. Além de parar a briga, você tem de ajudar a resolvê-la. "A solução não é punir, mas ouvir o agredido e o agressor e mediar o diálogo", diz Ana Maria Falcão de Aragão, da Faculdade de Educação da Unicamp. Assim, eles refletem sobre o que levou ao desentendimento, como lidaram com ele e as consequências. Isso evita que o mal-estar se mantenha e interfira na dinâmica da sala. Carla, em alguns casos, pede que todos debatam a questão, focando o problema, e não uma ou outra criança. "Todos precisam fazer uma autoanálise para mudar de comportamento."


Os agrupamentos não funcionam
Para montar equipes, além de levar em conta o conhecimento de cada aluno, é importante considerar os perfis e as relações sociais. Nem sempre é possível saber como duas crianças agirão juntas, mas cabe a você ensinar todas a trabalhar em conjunto, até mesmo com quem não se dá bem. Na primeira vez que Valéria faz os agrupamentos, ela deixa a escolha de parceiros livre para identificar os círculos sociais. As informações são úteis para pensar nas intervenções que fará visando tornar os próximos grupos produtivos, mesmo se formados por aqueles que não têm afinidade entre si.

A proposta não envolve a turma
"Se a atividade apresentada não despertou o interesse de nenhum aluno, é porque não é boa", analisa Rosaura. Quando isso acontece, reflita sobre ela e avalie quais aspectos não funcionaram, o que os estudantes esperavam do tema e o que foi positivo e negativo. Isso ajuda a dar um melhor direcionamento à sua prática. "Caso o trabalho realizado em classe tenha um efeito na turma muito melhor do que o previsto, vale pensar se ele pode ser retomado em anos seguintes", completa a pesquisadora.

 Um aluno tem uma atitude inadequada
"Às vezes, a relação entre o professor e os alunos é ruim porque ele não conhece para quem leciona", afirma Ana Maria. Ouvir a meninada e valorizar suas opiniões minimiza problemas de indisciplina. Em momentos de desrespeito, no entanto, é preciso conversar individualmente. Marci diz que é comum os pequenos terem dificuldade em esperar a vez em atividades coletivas e aí chegam a ser agressivos. "Peço respeito aos colegas. Se as interrupções continuam, tiro a criança da atividade e digo a ela que poderá voltar quando achar que consegue mudar de postura. Não quero castigar ninguém, mas fazer todos pensarem sobre suas ações."

Você é surpreendido por uma pergunta
Não dá para deixar o aluno sem resposta. Se isso acontece, ele se sente desvalorizado e não vê na escola um lugar para aprender. Ser sincero é um ponto básico. No caso de não saber a resposta de uma questão, diga a verdade, pergunte o que ele conhece sobre aquilo e peça que o ajude a descobrir mais: "Quem entende do assunto e poderia ser consultado?" ,"Onde vamos pesquisar?". Se a dúvida desencadear um debate produtivo entre toda a sala, anote-a para incluí-la no seu planejamento. "Essa atitude mostra como é ampla a dinâmica do conhecimento", enfatiza Vasconcellos.

Fonte: Revista Nova Escola

O que é possível antecipar ?

Prever problemas que podem surgir durante a aula para preparar antes as intervenções ajuda você a se fortalecer perante a turma. Confira alguns fatos corriqueiros em sala e formas de lidar bem com eles

 Um aluno termina a tarefa antes dos demais
Evite que os mais rapidinhos fiquem de bobeira, sem aprender nada e ainda atrapalhando os colegas, tendo sempre uma atividade extra preparada. Na Educação Infantil, Marci resolve isso com cantos de atividades. "Além das propostas planejadas para alcançar os objetivos de aprendizagem, mantenho vários deles. Quando alguém termina o que foi pedido, sugiro que escolha um." Os temas são decididos com a turma toda semana. Já Valéria mantém um espaço de leitura na classe do 3º ano, com livros, gibis e revistas. "Seleciono parte dos materiais de acordo com os assuntos vistos em aula."

Alguns estudantes não sabem o conteúdo
Para dar conta da turma toda, vale planejar atividades paralelas, de acordo com os diferentes níveis de conhecimento dos alunos, e acompanhá-los de forma individual. Mas, se a maioria tem a mesma dificuldade, reserve um tempo para revisar o conteúdo coletivamente e elabore uma estratégia alternativa para ajudar quem precisa avançar. "Quando estudamos equação de segundo grau, identifiquei que muitos ainda erravam cálculos de números negativos. Preparei uma proposta para retomar o assunto envolvendo a análise de extratos bancários para que entendessem a ideia de ter e dever", conta Carla.

 A garotada só responde sim e não
Quando isso ocorre, a razão provavelmente está na pergunta. É importante sempre lançar para a classe questões abertas, que exigem reflexão e posicionamento para respondê-las. Elas estimulam os alunos a sair da zona de conforto e desenvolver o raciocínio. Além disso, respostas mais completas favorecem a articulação de pensamentos e a oralidade. Mas não espere, de imediato, um discurso pronto e articulado. Muitas vezes, você vai ter de construir a resposta com a criança. Um modo de fazer isso é comentar o que algum colega já falou sobre o tema para que ela elabore suas ideias com base nisso.

Há crianças com deficiência na sala
Para ajudá-las a realizar as atividades, providencie com antecedência recursos e materiais adaptados de acordo com a dificuldade de cada uma delas. O primeiro passo é identificar o que pode ajudá-las a aprender. Se sua escola conta com salas de atendimento educacional especializado (AEE), trabalhe em parceria com o responsável por ela. Ele sabe como desenvolver formas variadas de ensinar seus alunos. Se essa estrutura não está disponível, compartilhe suas dúvidas e o planejamento com a equipe gestora para pensarem em conjunto na maneira mais adequada de atendê-los.

 A turma resiste a uma atividade nova
A falta de familiaridade com uma proposta ainda desconhecida pode deixar os alunos apreensivos e com receio. Isso, porém, não pode impedir você de apresentar novas situações a eles. Se os objetivos estão claros, persista na ideia, mas tenha paciência para ajudar o grupo a se adequar ao que foi pedido. Muitas vezes, um período de adaptação é necessário. Marci já recebeu crianças que se negavam a escrever porque não sabiam. "Eu explicava que os pequenos escrevem de forma diferente dos adultos e incentivava todos a fazer do próprio jeito. Isso dava tranquilidade a eles para começar e logo estavam avançando."

A classe está muito adiantada
Se você não conhece os estudantes, pode acabar incluindo no planejamento conteúdos que eles já sabem. Por isso, as avaliações diagnósticas são tão importantes. Elas mostram o aprendizado deles sobre o assunto e indicam se é preciso ajustar suas aulas. Valéria fez uma sondagem sobre pontuação e viu que todos já usavam com propriedade pontos, vírgulas e travessões, por exemplo. Fez, então, a sistematização no quadro. "Pedi que explicassem a função dos pontos em frases do texto usado no diagnóstico e dessem exemplos que confirmassem as conclusões. Isso serviu de revisão." Depois disso, ela reorganizou o plano adiantando outros temas.




Fonte: Revista Nova Escola

Conto "Casa de Vô" de Beatriz Vichessi

Todo avô toma remédio, usa dentadura e tira soneca depois do almoço. O meu, não.
Não toma pílula nem xarope. E, à tarde, fica acordado, brincando comigo. Dentadura? Isso ele usa. Mas, de resto, é diferente.
Minha avó também não é igual as outras. Enquanto toda avó borda e faz bolo de chocolate, ela só costura para fazer remendos nas roupas e só cozinha no fim de semana. E quase nunca está em casa. De calça comprida (enquanto todas as avós do mundo usam saia), sai cedinho para trabalhar e nos deixa sozinhos.
Daí, o guarda-roupa dela vira elevador. Basta eu entrar e me sentar nas caixas de sapatos para vovô encostar as portas e, como ascensorista, anunciar:
- Primeiro andar! Roupas e bonecas. Segundo andar! Balas de goma, móveis e crianças perdidas...
A parede da sala é transformada em galeria de arte com pinturas emolduradas em fita crepe e, o tapete, em tablado de exposição de botões raros, que jamais combinariam com qualquer roupa normal.
Ao cair da tarde, na garagem vazia, enquanto o papagaio e os cachorros conversam misturando latidos, uivos e risadas, ele espalha alguns pedacinhos de papel pelo chão. É a brincadeira do Pisei.
- Hã? Como assim?, pergunto. Essa é nova.
Vovô explica sua invenção:
- Memorize onde estão os papéis. Feche os olhos e comece a caminhar. Tente pisar em cima deles. Pode ir perguntando "Pisei?" para facilitar. Ganha o jogo quem pisar em mais pedaços.
Eu começo.
- Pisei?, pergunto, dando o primeiro passo, apertando os olhos.
- Não!
- Pisei?, insisto mais uma vez, depois de caminhar um tiquinho.
- Não!
Ouço um barulho de chaves. Vovó chega, cansada, do trabalho. Diz "Oi". Sei que é para mim, mas não posso abrir os olhos para responder. É quebra de regra.
- Tudo bem, vó? Quer brincar de Pisei?, convido.
- Agora, não, minha riqueza. Vovó vai descansar.
Vovô continua a me guiar, já sentado na cadeira de praia, lendo o jornal. Não vi, mas escutei o barulho dela sendo armada e das folhas nas mãos dele.
Sigo.
- Pisei?
- Pisei?
- Pisei?
E nada.
Sinto meus pés tropeçarem em algo. Abro os olhos. Vovô, a minha frente, de braços abertos, pronto para um abraço de vitória.
- Mas eu não pisei em nenhum papelzinho, vô, digo, meio desanimada, mas já engalfinhada e feliz, nos braços dele.
- O vento foi levando tudo para o cantinho do portão, ele explica, sorrindo.
- E por que o senhor não me avisou? A gente poderia ter colado os pedacinhos no chão e recomeçado...
- Porque eu queria que a brincadeira terminasse com você perto de mim.

Quais as semelhanças e diferenças entre furacão, tufão e ciclone?

1. Ciclones e furacões têm a mesma formação. Sua origem é no mar, quando as águas atingem 27 ºC na superfície e evaporam.

2. O vapor de água aquecido sobe para as camadas mais frias, se condensa e forma nuvens densas de tempestade.

3. A condensação libera muita energia e cria uma zona de baixa pressão no topo, atraindo correntes ascendentes de ar.

4.
Todo o ar ao redor tende a ser atraído para o centro (ou olho) do furacão e ocupa o espaço do ar que subiu, reforçando o fenômeno.
Todos são fenômenos caracterizados por grandes quantidades de ar que se deslocam de forma organizada em colunas verticais e executam um movimento giratório muito rápido, em função da energia do Sol e do movimento de rotação da Terra. Porém, de acordo com a velocidade do vento, recebem uma denominação diferente (veja no infográfico acima como esses ventos se formam). O ciclone é formado por ventos mais amenos. Quando eles são mais intensos, passam a ser chamados de furacão ou tufão - ambos têm as mesmas características, no entanto, nos países ocidentais, o fenômeno climático é denominado furacão, enquanto nos orientais é comum chamá-lo de tufão. Os efeitos e danos que esses fenômenos climáticos causam podem ser classificados de acordo com a intensidade de seus ventos, na escala anemométrica internacional de Beaufort, que vai do 0 ao 12.