1- Ter boa formação (O mestrado é o caminho natural)
2 - Usar as novas tecnologias (Um recurso a favor dos conteúdos)
3- Atualizar-se nas novas didáticas (Um jeito de ensinar cada disciplina)
4- Trabalhar bem em equipe (Na troca de ideias, todos ganham)
5 - Planejar e avaliar sempre (Observar para reorientar o trabalho)
6 -Ter atitude e postura profissionais (Todos os alunos podem aprender)
Fonte: www.http://revistaescola.abril.com.br
quinta-feira, 7 de junho de 2012
O novo perfil do professor
Diferentes demandas se apresentam hoje como essenciais para quem está à frente de uma sala de aula
Para estabelecer parâmetros de qualidade na hora de escolher quem vai lecionar para nossas crianças, o Governo Federal está criando o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que deve, em 2011, servir de referência para a contratação na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental em todo o país.
O projeto inclui uma lista com 20 características que todo profissional de Educação deve ter. NOVA ESCOLA reagrupou essas habilidades na reportagem Seis características do professor do século 21,
ilustrada com depoimentos de profissionais que já as desenvolveram.
Vindos de diferentes pontos do país, eles explicam como o aprimoramento é
importante em sua prática. "Para promover a aprendizagem dos alunos, é
fundamental desenvolver-se continuamente: olhar para a própria
trajetória profissional, perceber falhas, saber o que ainda falta
aprender e assumir o desafio de ser melhor a cada dia", resume Angela
Maria Martins, doutora em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas (FCC).
De fato, não é mais possível dar aulas apenas com o que foi aprendido
na graduação. Ou achar que a tecnologia é coisa para especialistas.
Trabalhar sozinho, sem trocar experiências com os colegas, e ignorar as
didáticas de cada área são outras práticas condenadas pelos
especialistas quando se pensa no professor do século 21. Planejar e
avaliar constantemente, acreditando que o aluno pode aprender, por outro
lado, é essencial na rotina dos bons profissionais.
Essa nova
configuração no perfil profissional está embasada em medidas
governamentais e em pesquisas sobre a prática docente e o
desenvolvimento infantil."Antes, achávamos que a principal função do
professor era passar o conhecimento aos alunos. Jean Piaget, Lev Vygotsky
e outros estudiosos mostraram que o que realmente importa é ser um
mediador na construção do conhecimento e isso requer uma postura ativa
de reflexão, autoavaliação e estudo constantes", diz Rubens Barbosa, da
Universidade de São Paulo (USP).
Tudo isso, é claro, porque os
alunos também não são os mesmos de décadas atrás - longe disso. Com a
democratização do acesso à internet, no fim dos anos 1990, passamos a
ter nas escolas crianças que interagem desde cedo com as chamadas
tecnologias de informação e comunicação, o que exige um olhar diferente
sobre o impacto disso na aprendizagem. Finalmente, não podemos nos
esquecer de que esses estudantes conectados têm uma relação diferente
com o tempo e com o mundo, o que coloca desafios para a docência. A boa
notícia é que há muita gente encarando esse novo mundo nas escolas.
Fonte: www.http://revistaescola.abril.com.br
20 qualidades do professor ideal
O docente ideal:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos
.3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.
Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos
.3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.
Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.
14 perguntas e respostas sobre projetos didáticos
1- O que é projeto didático?
2 Quais as características de uma boa proposta?
Os projetos podem ser planejados e organizados de inúmeras formas, porém algumas ações são fundamentais:
1. Tema: delimitar e conhecer bem o assunto que será estudado e pesquisá-lo previamente.
2. Objetivos: escolher uma meta de aprendizagem principal e outras secundárias que atendam às necessidades de aprendizagem
3. Conteúdos: ter clareza do que as crianças conhecem e desconhecem sobre o tema e o conteúdo do trabalho.
4. Tempo estimado: construir um cronograma com prazos para cada atividade, delimitando a duração total do trabalho.
5. Material necessário: selecionar previamente os recursos e materiais que serão usados, como sites e livros de consulta.
6. Apresentação da proposta: deixar claro para a sala os objetivos sociais do trabalho e quais os próximos passos.
7. Planejamento das etapas: relacionar uma etapa à outra, em uma complexidade crescente.
8. Encaminhamentos: antecipar quais serão as perguntas que você fará para encaminhar a atividade.
9. Agrupamentos: prever quais momentos serão em grupo, em duplas e individuais.
10. Versões provisórias: revisar o que a garotada fez e pedir novas versões do trabalho.
11. Produto final: escolher um produto final forte para dar visibilidade aos processos de aprendizagem e aos conteúdos aprendidos.
12. Avaliação: prever os critérios de avaliação e registrar a participação de cada um ao longo do trabalho.
3 Todo projeto precisa ser interdisciplinar?
4 É melhor criar um projeto ou aplicar um já testado?
5 Quando optar por um projeto?
Alguns conteúdos curriculares permitem (e às vezes pedem) um trabalho aprofundado e que inclua as práticas sociais relacionadas a ele. Confira abaixo alguns blocos de conteúdo de cada disciplina mais adequados a essa modalidade.
Pré-escola
Conteúdos
Natureza e sociedade, linguagem oral e comunicação e exploração e linguagem plástica
Por que é adequado
- Aproxima as crianças de práticas sociais, como a busca por informações e a apresentação delas
- Traz um novo propósito para a leitura em aula: ler para estudar e para saber mais sobre um tema
Erros mais comuns
- Planejar projetos curtos (de uma semana) porque envolvem os pequenos
- Focar o acabamento do produto final, descaracterizando a produção das crianças.
Língua portuguesa
Conteúdos
Sistema alfabético de escrita, comunicação oral, comportamentos escritores e leitores
Por que é adequado
- Fornece um contexto favorável de leitura e escrita aos que não estão alfabetizados
- Articula o conhecimento sobre o sistema de escrita aos conteúdos relacionados à linguagem
- Favorece a união dos propósitos didáticos aos sociais, já que a turma sabe para quem, por que e o que escrever
Erros mais comuns
- Desperdiçar a oportunidade de refletir sobre o sistema alfabético
- Planejar as mesmas atividades para alunos alfabéticos e não alfabéticos
- Trabalhar sempre com os mesmos propósitos de leitura, escrita e oralidade
- Focar o trabalho no produto final
Matemática
Conteúdos
Leitura, escrita, comparação e ordenação de escrita numérica
Por que é adequado
- Traz os números nos contextos cotidianos, o que nos anos iniciais dá mais sentido às atividades, apesar de não ser imprescindível
Erros mais comuns
- Simular mercadinhos e não propor a reflexão sobre as operações utilizadas
- Dar mais atenção ao produto final, deixando em segundo plano o conteúdo que se quer ensinar
Ciências
Conteúdos
Procedimentos e atitudes científicas
Por que é adequado
- Mostra à turma a importância de buscar soluções, interpretar dados, observar e registrar descobertas
- Promove a divulgação dos conhecimentos produzidos pelos alunos para destinatários reais
Erros mais comuns
- Passar meses pesquisando um tema
- Não propor a reflexão sobre a importância dos procedimentos realizados
- Deixar de orientar a pesquisa
História
Conteúdos
Procedimentos de pesquisa e História oral e local
Por que é adequado
- Cria situações significativas de pesquisa, semelhantes às vividas por historiadores
- Garante que os alunos leiam e escrevam sobre o tema para um destinatário real, o que é essencial para preservar as características sociais da linguagem nessa área
Erros mais comuns
- Aceitar a simples cópia de informações
- Não ajudar na interpretação dos textos
- Ignorar as relações entre o passado e o presente
- Adaptar textos ou apenas usar aqueles considerados de fácil leitura
Geografia
Conteúdos
Geografia física e Geografia cultural
Por que é adequado
- Evita a fragmentação do saber geográfico
- Permite articular os diferentes campos de estudo da área, como o relevo relacionado a estudos de caso na cidade e no campo
Erros mais comuns
- Pedir apenas textos descritivos
- Não desenvolver a cartografia temática
- Deixar de lado o trabalho investigativo
- Não relacionar a paisagem à cultura
Educação Física
Conteúdos
Práticas da cultura corporal e conhecimentos sobre o corpo
Por que é adequado
- Possibilita o estudo das manifestações corporais, unindo as questões sociais, físicas, culturais e econômicas envolvidas nessas práticas
- Ajuda a mudar a concepção das aulas, colocando as práticas corporais como parte de um processo maior de aprendizagem
Erros mais comuns
- Deixar de sistematizar os conhecimentos adquiridos durante o trabalho
- Não pedir que os alunos produzam materiais escritos e de apoio à pesquisa
- Supervalorizar as aulas práticas e dar menos atenção às questões teóricas
Língua estrangeira
Conteúdos
Comportamentos leitores e escritores
Por que é adequado
- Coloca os alunos em situações sociais de uso do idioma, como a ida ao cinema
- Possibilita à turma entrar em contato com outros falantes, além de textos, vídeos e jogos interativos
Erros mais comuns
- Planejar sem adequar os desafio à experiência anterior de cada estudante
- Usar materiais não adequados às características da turma
Arte
Conteúdos
Produção e reflexão sobre Arte
Por que é adequado
- Cria situações significativas de pesquisa, semelhantes às vividas por historiadores
- Garante que os alunos leiam e escrevam sobre o tema para um destinatário real, o que é essencial para preservar as características sociais da linguagem nessa área
Erros mais comuns
- Pedir que os alunos sempre façam releituras e não icentivar que criem
- Organizar o produto final sem a participação dos estudantes
- Não incluir o trabalho de todos no produto final
6 Como fazer o planejamento?
7 Cada etapa deve ter um objetivo?
8 Como antecipar as dificuldades dos alunos?
9 Todas as atividades devem ser em grupo?
10 Como apresentar a proposta à turma?
11 Quando é preciso replanejar?
12 Vale interferir para aperfeiçoar o produto final?
13 Como avaliar os estudantes?
No caso dos projetos, são três os eixos de aprendizagem que podem ser considerados na avaliação:
- o conteúdo;
- o aprofundamento no tema;
- a aproximação com a prática social relacionada ao produto final.
14 Qual a importância da culminância?
Projeto
didático é um tipo de organização e planejamento do tempo e dos
conteúdos que envolve uma situação- problema. Seu objetivo é articular propósitos didáticos (o que os alunos devem aprender) e propósitos sociais
(o trabalho tem um produto final, como um livro ou uma exposição, que
vai ser apreciado por alguém). Além de dar um sentido mais amplo às
práticas escolares, o projeto evita a fragmentação dos conteúdos e torna
a garotada corresponsável pela própria aprendizagem.
Os projetos
estão mais populares do que nunca. Redes de todo o país incentivam o
trabalho com essa modalidade e algumas escolas preveem no currículo os
que serão realizados durante o ano. Boa notícia. Afinal, em muitos
casos, eles ajudam a ensinar mais e melhor. Porém falta informação sobre
o tema. Só neste ano, NOVA ESCOLA recebeu 166 e-mails com dúvidas.
Compiladas em 14 questões, elas são respondidas nesta reportagem para
ajudar você a dominar essa ferramenta.
Os projetos podem ser planejados e organizados de inúmeras formas, porém algumas ações são fundamentais:
1. Tema: delimitar e conhecer bem o assunto que será estudado e pesquisá-lo previamente.
2. Objetivos: escolher uma meta de aprendizagem principal e outras secundárias que atendam às necessidades de aprendizagem
3. Conteúdos: ter clareza do que as crianças conhecem e desconhecem sobre o tema e o conteúdo do trabalho.
4. Tempo estimado: construir um cronograma com prazos para cada atividade, delimitando a duração total do trabalho.
5. Material necessário: selecionar previamente os recursos e materiais que serão usados, como sites e livros de consulta.
6. Apresentação da proposta: deixar claro para a sala os objetivos sociais do trabalho e quais os próximos passos.
7. Planejamento das etapas: relacionar uma etapa à outra, em uma complexidade crescente.
8. Encaminhamentos: antecipar quais serão as perguntas que você fará para encaminhar a atividade.
9. Agrupamentos: prever quais momentos serão em grupo, em duplas e individuais.
10. Versões provisórias: revisar o que a garotada fez e pedir novas versões do trabalho.
11. Produto final: escolher um produto final forte para dar visibilidade aos processos de aprendizagem e aos conteúdos aprendidos.
12. Avaliação: prever os critérios de avaliação e registrar a participação de cada um ao longo do trabalho.
3 Todo projeto precisa ser interdisciplinar?
Não. Um projeto focado em apenas uma área tem grande valor, já que permite um mergulho mais profundo no conteúdo trabalhado.
Embora, às vezes, pareça que objetivos de disciplinas diferentes
estejam coordenados numa mesma proposta, muitas vezes só os relacionados
a uma delas estão sendo desenvolvidos. Num cenário ainda pior - e
também comum -, não são trabalhados de forma correta os conteúdos de
nenhuma das áreas.
Um bom projeto é aquele que indica intenções
claras de ensino e permite novas aprendizagens relacionadas a todas as
disciplinas envolvidas. "Não é raro a turma apenas utilizar
conhecimentos que já possui", explica Maria Alice Junqueira, professora
de Pedagogia do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo, e
assessora de redes públicas e escolas particulares. Veja o exemplo de
um projeto de Ciências que tem como objetivo ensinar procedimentos de
pesquisa. Se os alunos tiverem de produzir um relatório e já forem
experientes na escrita desse gênero, não é possível dizer que ele
envolve a disciplina de Língua Portuguesa - afinal, eles só estão
colocando em jogo o que sabem. Isso vai efetivamente ocorrer se a tarefa
for produzir um artigo científico e esse tipo de texto for novo para
todos.
A ideia de que projetos didáticos precisam ser interdisciplinares pode estar relacionada a uma confusão entre essa estratégia, os projetos institucionais e os temas geradores. Os projetos institucionais são ações que envolvem toda a escola em torno de um mesmo objetivo - por exemplo, produzir um jornal ou uma campanha. Nesse caso, cada professor precisa pensar em atividades relacionadas a ele para desenvolver com sua turma. Não há necessariamente um produto final ou um propósito social para o trabalho. Já quando é definido um tema gerador, como meio ambiente, cabe ao professor escolher quais serão os conteúdos a enfocar e os objetivos a alcançar. O problema, nesse caso, é organizar as atividades em cima de um tema considerado envolvente pelos alunos, em vez de fazer um planejamento baseado nas reais necessidades de aprendizagem deles.
A ideia de que projetos didáticos precisam ser interdisciplinares pode estar relacionada a uma confusão entre essa estratégia, os projetos institucionais e os temas geradores. Os projetos institucionais são ações que envolvem toda a escola em torno de um mesmo objetivo - por exemplo, produzir um jornal ou uma campanha. Nesse caso, cada professor precisa pensar em atividades relacionadas a ele para desenvolver com sua turma. Não há necessariamente um produto final ou um propósito social para o trabalho. Já quando é definido um tema gerador, como meio ambiente, cabe ao professor escolher quais serão os conteúdos a enfocar e os objetivos a alcançar. O problema, nesse caso, é organizar as atividades em cima de um tema considerado envolvente pelos alunos, em vez de fazer um planejamento baseado nas reais necessidades de aprendizagem deles.
Para
um profissional que tem pouca experiência com esse tipo de trabalho, é
melhor utilizar um bom modelo, com todas as etapas definidas e os
objetivos previamente pensados e aprovados. Não há demérito
nisso. Nas melhores escolas, é comum replicar boas práticas. "Um projeto
nunca vai ser uma receita fechada, que o professor simplesmente lê e
desenvolve em classe com a turma. É preciso adaptar as atividades
levando em consideração as características dos alunos e a realidade
local", ressalta Clélia Cortez, coordenadora pedagógica do Colégio Vera
Cruz, em São Paulo. Um trabalho sobre animais, por exemplo, fica muito
mais interessante se focar as espécies encontradas na região.
Mesmo quando há um exemplo a seguir, é preciso analisar se as questões colocadas pelo autor estão de acordo com o nível de conhecimento do grupo, se os materiais sugeridos são adequados e estão disponíveis e se as etapas são suficientes para a realização de todas as atividades. "Ao longo do trabalho, adaptações são necessárias para o cumprimento dos objetivos. "São esses cuidados que garantem os traços de autoria no desenvolvimento da proposta", completa Clélia. Já um professor acostumado a trabalhar dessa forma pode criar os próprios projetos e organizá-los num banco, a ser utilizado com variações de tema, conteúdo e série. Isso não significa, no entanto, que uma estratégia de sucesso deva ser repetida ano após ano. Mesmo que o currículo seja o mesmo, os alunos são diferentes e isso exige mudanças.
Mesmo quando há um exemplo a seguir, é preciso analisar se as questões colocadas pelo autor estão de acordo com o nível de conhecimento do grupo, se os materiais sugeridos são adequados e estão disponíveis e se as etapas são suficientes para a realização de todas as atividades. "Ao longo do trabalho, adaptações são necessárias para o cumprimento dos objetivos. "São esses cuidados que garantem os traços de autoria no desenvolvimento da proposta", completa Clélia. Já um professor acostumado a trabalhar dessa forma pode criar os próprios projetos e organizá-los num banco, a ser utilizado com variações de tema, conteúdo e série. Isso não significa, no entanto, que uma estratégia de sucesso deva ser repetida ano após ano. Mesmo que o currículo seja o mesmo, os alunos são diferentes e isso exige mudanças.
Alguns conteúdos curriculares permitem (e às vezes pedem) um trabalho aprofundado e que inclua as práticas sociais relacionadas a ele. Confira abaixo alguns blocos de conteúdo de cada disciplina mais adequados a essa modalidade.
Pré-escola
Conteúdos
Natureza e sociedade, linguagem oral e comunicação e exploração e linguagem plástica
Por que é adequado
- Aproxima as crianças de práticas sociais, como a busca por informações e a apresentação delas
- Traz um novo propósito para a leitura em aula: ler para estudar e para saber mais sobre um tema
Erros mais comuns
- Planejar projetos curtos (de uma semana) porque envolvem os pequenos
- Focar o acabamento do produto final, descaracterizando a produção das crianças.
Língua portuguesa
Conteúdos
Sistema alfabético de escrita, comunicação oral, comportamentos escritores e leitores
Por que é adequado
- Fornece um contexto favorável de leitura e escrita aos que não estão alfabetizados
- Articula o conhecimento sobre o sistema de escrita aos conteúdos relacionados à linguagem
- Favorece a união dos propósitos didáticos aos sociais, já que a turma sabe para quem, por que e o que escrever
Erros mais comuns
- Desperdiçar a oportunidade de refletir sobre o sistema alfabético
- Planejar as mesmas atividades para alunos alfabéticos e não alfabéticos
- Trabalhar sempre com os mesmos propósitos de leitura, escrita e oralidade
- Focar o trabalho no produto final
Matemática
Conteúdos
Leitura, escrita, comparação e ordenação de escrita numérica
Por que é adequado
- Traz os números nos contextos cotidianos, o que nos anos iniciais dá mais sentido às atividades, apesar de não ser imprescindível
Erros mais comuns
- Simular mercadinhos e não propor a reflexão sobre as operações utilizadas
- Dar mais atenção ao produto final, deixando em segundo plano o conteúdo que se quer ensinar
Ciências
Conteúdos
Procedimentos e atitudes científicas
Por que é adequado
- Mostra à turma a importância de buscar soluções, interpretar dados, observar e registrar descobertas
- Promove a divulgação dos conhecimentos produzidos pelos alunos para destinatários reais
Erros mais comuns
- Passar meses pesquisando um tema
- Não propor a reflexão sobre a importância dos procedimentos realizados
- Deixar de orientar a pesquisa
História
Conteúdos
Procedimentos de pesquisa e História oral e local
Por que é adequado
- Cria situações significativas de pesquisa, semelhantes às vividas por historiadores
- Garante que os alunos leiam e escrevam sobre o tema para um destinatário real, o que é essencial para preservar as características sociais da linguagem nessa área
Erros mais comuns
- Aceitar a simples cópia de informações
- Não ajudar na interpretação dos textos
- Ignorar as relações entre o passado e o presente
- Adaptar textos ou apenas usar aqueles considerados de fácil leitura
Geografia
Conteúdos
Geografia física e Geografia cultural
Por que é adequado
- Evita a fragmentação do saber geográfico
- Permite articular os diferentes campos de estudo da área, como o relevo relacionado a estudos de caso na cidade e no campo
Erros mais comuns
- Pedir apenas textos descritivos
- Não desenvolver a cartografia temática
- Deixar de lado o trabalho investigativo
- Não relacionar a paisagem à cultura
Educação Física
Conteúdos
Práticas da cultura corporal e conhecimentos sobre o corpo
Por que é adequado
- Possibilita o estudo das manifestações corporais, unindo as questões sociais, físicas, culturais e econômicas envolvidas nessas práticas
- Ajuda a mudar a concepção das aulas, colocando as práticas corporais como parte de um processo maior de aprendizagem
Erros mais comuns
- Deixar de sistematizar os conhecimentos adquiridos durante o trabalho
- Não pedir que os alunos produzam materiais escritos e de apoio à pesquisa
- Supervalorizar as aulas práticas e dar menos atenção às questões teóricas
Língua estrangeira
Conteúdos
Comportamentos leitores e escritores
Por que é adequado
- Coloca os alunos em situações sociais de uso do idioma, como a ida ao cinema
- Possibilita à turma entrar em contato com outros falantes, além de textos, vídeos e jogos interativos
Erros mais comuns
- Planejar sem adequar os desafio à experiência anterior de cada estudante
- Usar materiais não adequados às características da turma
Arte
Conteúdos
Produção e reflexão sobre Arte
Por que é adequado
- Cria situações significativas de pesquisa, semelhantes às vividas por historiadores
- Garante que os alunos leiam e escrevam sobre o tema para um destinatário real, o que é essencial para preservar as características sociais da linguagem nessa área
Erros mais comuns
- Pedir que os alunos sempre façam releituras e não icentivar que criem
- Organizar o produto final sem a participação dos estudantes
- Não incluir o trabalho de todos no produto final
6 Como fazer o planejamento?
O primeiro passo é ter clareza sobre o que você quer ensinar, o que espera que os alunos aprendam e o que eles já sabem. Assim é possível garantir dois importantes critérios didáticos: a continuidade e a variedade de conteúdos ao longo dos anos.
Feito
um recorte no conteúdo - levando em conta a faixa etária da turma e as
necessidades de aprendizagem -, é preciso conhecê-lo a fundo e
selecionar os materiais a ser usados, como textos, livros e sites. Só
então são elaboradas as etapas. Sobre o que eu espero que a classe
reflita? No que quero que avance? "Os projetos ajudam a dar voz às
crianças por meio da problematização constante. Quando perguntamos da
maneira correta, elas indicam o que entenderam e dão sinais do que deve
ser ajustado na compreensão. Isso permite avaliar como o trabalho está
caminhando e para onde seguir", explica Clélia Cortez.
Pensar no
encadeamento das etapas também é fundamental. A ordem é lógica? Esse é o
melhor caminho para que a garotada aprenda? A próxima tarefa é
construir um cronograma e detalhar como desenvolver o trabalho em sala.
Nesse ponto, é essencial ter definido o produto final - uma feira
cultural ou um blog, por exemplo - e se haverá um momento de finalização
e socialização do trabalho. Em caso afirmativo, qual o objetivo dessa
culminância? Essas decisões interferem na gestão de tempo e na busca
pelos recursos. Por fim, é necessário definir os critérios de avaliação.
Tudo isso precisa estar escrito e serve como uma bússola para o
trabalho.
Sim.
Apesar de o projeto necessitar de um propósito central (trabalhar
comportamentos escritores, por exemplo), cada atividade deve ter o seu,
sempre relacionado ao principal. Quando se sabe o que é preciso
ensinar em cada momento, é mais fácil intervir e ajudar a turma a
avançar. Esse conceito norteou a prática da professora Eudes da Silva
Alves, da EMEB Doutor José Ferraz de Magalhães Castro, em São Bernardo
do Campo, na Grande São Paulo, quando desenvolveu um projeto sobre
contos de aventura com uma turma do 5º ano.
Primeiro, ela ofereceu às crianças diversos livros para ampliar o repertório. Depois, propôs uma análise das características do gênero estudado, sistematizando os conhecimentos adquiridos. Na sequência, realizou uma produção coletiva para que a turma se familiarizasse com esse tipo de texto. Por fim, os alunos redigiram as próprias versões, que foram revisadas com o apoio de Eudes.
Em alguns momentos, é possível pensar em objetivos secundários que não tenham necessariamente relação com o propósito de ensino maior. É comum isso ocorrer em atividades relacionadas ao produto final, como no caso de as crianças fazerem um desenho para a capa do livro da turma. Isso não está ligado à escrita, mas é uma ação comum na produção de publicações - dentro e fora da escola. Já que se quer preservar as práticas sociais, vale prever isso. O principal cuidado é não reservar muito tempo para esses momentos secundários. Eles devem ser pontuais e focados.
Primeiro, ela ofereceu às crianças diversos livros para ampliar o repertório. Depois, propôs uma análise das características do gênero estudado, sistematizando os conhecimentos adquiridos. Na sequência, realizou uma produção coletiva para que a turma se familiarizasse com esse tipo de texto. Por fim, os alunos redigiram as próprias versões, que foram revisadas com o apoio de Eudes.
Em alguns momentos, é possível pensar em objetivos secundários que não tenham necessariamente relação com o propósito de ensino maior. É comum isso ocorrer em atividades relacionadas ao produto final, como no caso de as crianças fazerem um desenho para a capa do livro da turma. Isso não está ligado à escrita, mas é uma ação comum na produção de publicações - dentro e fora da escola. Já que se quer preservar as práticas sociais, vale prever isso. O principal cuidado é não reservar muito tempo para esses momentos secundários. Eles devem ser pontuais e focados.
Mais do que antecipar dúvidas, é preciso pensar em atividades específicas para estudantes com níveis diferentes de saber.
Para contemplar todos eles, há três saídas: variar a complexidade das
tarefas apresentadas, organizar os alunos em grupos e dar atenção
àqueles que mais precisam. Para evitar problemas em relação a atividades
como pesquisas, entrevistas e interpretação de dados, a solução é
investigar as experiências que os estudantes tiveram anteriormente e, se
necessário, reservar um tempo para o trabalho com esses procedimentos.
Outra opção é retomar registros de atividades anteriores e verificar os
pontos que vão necessitar de mais atenção durante o projeto.
Não. Um bom projeto contempla atividades em que os alunos atuam sozinhos, em duplas e em grupos. Porém,
como os projetos envolvem a turma toda e o produto final é uma obra
coletiva, muitos pensam que tudo deve ser feito em equipe. É importante
que as ações estejam articuladas entre si, como no projeto Galeria Virtual de Arte.
A atividade começa coletivamente, com a ampliação do repertório da
turma e a apresentação de uma ferramenta eletrônica que possibilita as
visitas. Para conhecer o acervo e trocar impressões sobre ele, são
formados trios. De novo juntos, todos escolhem quadros para compor uma
galeria e, na sequência, cada aluno fica responsável pela legenda de um
quadro, mostrando o que aprendeu.
Um bom critério para definir de
que forma os estudantes vão realizar a tarefa é sua complexidade. A
leitura de um texto, por exemplo, deve ser feita em grupo quando a
garotada tem pouca experiência com o tema ou o gênero. A pesquisadora
Delia Lerner, em um artigo publicado na revista argentina Letra y Vida,
afirma que a discussão entre os alunos numa situação como essa é
fundamental porque obriga cada um deles a justificar sua interpretação
e, assim, tomar consciência das próprias contradições, além de conhecer a
interpretação dos colegas. Depois dessa etapa, realizar sozinho uma
atividade baseada nas informações do texto fica bem mais fácil.
O primeiro passo é criar um clima de curiosidade.
Para envolver a garotada, de nada adianta só dizer: "Vamos trabalhar
nos próximos meses com um projeto". "O sucesso da estratégia está
condicionado ao interesse despertado no estudante, valorizado como
pesquisador e expositor do que apreendeu", explica Jorge dos Santos
Martins, autor de livros sobre projetos de pesquisa.
O ideal é começar a conversa problematizando o tema e o produto final. Nesse caso, o recomendado é envolver os alunos na discussão sobre como chegar ao resultado esperado. A professora Lisiane Hermann Oster, do Sesquinho - Escola de Educação Infantil do Sesc, em Ijuí, a 410 quilômetros de Porto Alegre, seguiu à risca essa recomendação. Ao desenvolver um projeto sobre o sistema de numeração com uma turma de 5 anos, ela se baseou nas seguintes questões: para que servem os números? Onde eles aparecem em nosso dia a dia? Os pequenos falaram do número do sapato, do peso e da altura. Só então ela propôs criarem um jogo de cartas do tipo Supertrunfo e perguntou como fazer isso. Com os passos do trabalho já previstos, Lisiane foi ajustando o que eles diziam e apresentou as etapas a ser seguidas.
O ideal é começar a conversa problematizando o tema e o produto final. Nesse caso, o recomendado é envolver os alunos na discussão sobre como chegar ao resultado esperado. A professora Lisiane Hermann Oster, do Sesquinho - Escola de Educação Infantil do Sesc, em Ijuí, a 410 quilômetros de Porto Alegre, seguiu à risca essa recomendação. Ao desenvolver um projeto sobre o sistema de numeração com uma turma de 5 anos, ela se baseou nas seguintes questões: para que servem os números? Onde eles aparecem em nosso dia a dia? Os pequenos falaram do número do sapato, do peso e da altura. Só então ela propôs criarem um jogo de cartas do tipo Supertrunfo e perguntou como fazer isso. Com os passos do trabalho já previstos, Lisiane foi ajustando o que eles diziam e apresentou as etapas a ser seguidas.
Sempre, já que nunca o que foi previsto se confirma totalmente na prática.
Em geral, o planejamento é ajustado e repensado a cada etapa vencida,
de acordo com os indícios que os alunos dão sobre o que estão
efetivamente aprendendo durante o processo. É comum identificar pontos
que precisam ser retomados antes de iniciar a etapa seguinte ou
conteúdos que necessitam ser reforçados para garantir novas
aprendizagens. "Todo professor deve se perguntar ao fim de cada
atividade ou etapa se o andamento do trabalho está de acordo com o que
quer ensinar", recomenda Paula Stella, coordenadora pedagógica da
Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Um alerta: ter de replanejar
uma parte do projeto é muito diferente de desenvolver o trabalho de
forma intuitiva. Quando não há um plano, as intervenções ficam menos
efetivas e o professor tem de correr, ao término de cada aula, para
preparar as atividades da próxima. Replanejar é retornar à etapa
anterior, incluir uma nova ou repensar aspectos das que estavam
previstas.
Sim, mas desde que o objetivo seja fazer com que a própria turma aperfeiçoe o trabalho realizado. Não
é tarefa do professor melhorar sozinho o acabamento de um cartaz ou o
texto de um diário de campo escrito pelos alunos. Como já devem ter
entrado em contato com diversos modelos do produto final escolhido, eles
podem retomá-los, comparar ao que produziram e corrigir trechos que não
ficaram a contento. "Quando está envolvida com o propósito social do
projeto e sabe para que ele serve, a garotada se dispõe a refazê-lo
inúmeras vezes", avalia Paula Stella. Prova disso é o projeto sobre a
transição do trabalho escravo para o assalariado livre no Brasil,
realizado por Juliano Custódio Sobrinho na EM João de Deus Rodrigues, em
Petrópolis, a 68 quilômetros do Rio de Janeiro. Para a montagem de um
seminário (o produto final escolhido), os alunos realizaram entrevistas
com moradores da cidade. Além de pedir que retomassem algumas conversas,
ao avaliar um esboço do painel de apoio e da apresentação, o professor
apontou problemas e estimulou a construção de novas versões, no que foi
prontamente atendido.
No caso dos projetos, são três os eixos de aprendizagem que podem ser considerados na avaliação:
- o conteúdo;
- o aprofundamento no tema;
- a aproximação com a prática social relacionada ao produto final.
As
respostas dadas pelos alunos ao longo do processo dão pistas sobre o
que já foi compreendido e no que ainda é preciso avançar, assim como os
momentos de sistematização dos conteúdos - quando a turma define com
suas palavras os conceitos estudados. Para Delia Lerner, o processo
permite diminuir a incerteza do professor e do aluno porque nele se
passam a limpo os conteúdos ensinados e aprendidos. Outra boa estratégia
é, no fim de cada atividade, fazer uma análise das produções, que
funcionam como um retrato da aprendizagem até aquele ponto. O conjunto
delas pode revelar os avanços e os problemas enfrentados por cada um. Da
mesma maneira, o produto final, em suas sucessivas versões, também
mostra o percurso pelo qual o aluno passou.
Os projetos possibilitam ainda uma avaliação do trabalho do professor e indicam em que pontos sua condução precisa ser ajustada. Um meio de fazer isso é pensar nos objetivos de ensino e nas condições didáticas oferecidas. A análise das produções realizadas e das respostas dadas pelos estudantes no desenvolvimento do projeto também pode ser vista sob a ótica do ensino. Algumas questões que norteiam as análises: a forma de conduzir o trabalho foi adequada? Foram feitas intervenções sempre que necessário? As atividades responderam ao objetivo de cada etapa? Os materiais usados foram adequados? O tempo previsto foi suficiente? Esse tipo de reflexão tem uma importância formativa única para o professor e pode impactar positivamente a prática cotidiana.
Os projetos possibilitam ainda uma avaliação do trabalho do professor e indicam em que pontos sua condução precisa ser ajustada. Um meio de fazer isso é pensar nos objetivos de ensino e nas condições didáticas oferecidas. A análise das produções realizadas e das respostas dadas pelos estudantes no desenvolvimento do projeto também pode ser vista sob a ótica do ensino. Algumas questões que norteiam as análises: a forma de conduzir o trabalho foi adequada? Foram feitas intervenções sempre que necessário? As atividades responderam ao objetivo de cada etapa? Os materiais usados foram adequados? O tempo previsto foi suficiente? Esse tipo de reflexão tem uma importância formativa única para o professor e pode impactar positivamente a prática cotidiana.
São
duas as funções principais das cerimônias de fechamento de um projeto
didático: dar ao aluno visibilidade para o processo de aprendizagem pelo
qual passou e apresentar o trabalho da turma para a comunidade e os
pais, que são estimulados a perceber o avanço de seus filhos.
O
evento só cumprirá esses dois papéis se estiver prevista a exposição dos
objetivos de cada atividade realizada, dos registros das várias versões
do produto final e das fotos que ilustram o processo. Fazer uma festa
bonita não deve ser a maior preocupação da escola- como é bastante comum
-, mas o mínimo de organização precisa ser garantido.
Sem
despender muito tempo nessa tarefa, professores e gestores precisam
tomar uma série de providências, como conseguir microfones para as
apresentações orais, organizar as cadeiras para os convidados e
distribuir pelo espaço reservado para o evento suportes para expor os
trabalhos. "Não é correto transformar a culminância na grande estrela de
um projeto. O mais atrativo é o caminho pelo qual todos passaram e as
realizações das crianças", explica Maria Alice Junqueira. Alerta: a
participação dos alunos na culminância deve ter caráter pedagógico,
incluindo a definição de critérios para a exposição do material, e não
na produção de enfeites, o que não se relacionam a nenhum objetivo.
Fonte: www.revistaescola.abril.com.br
Interdisciplinaridade que funciona Trabalhar com temas integrados é uma proposta interessante, mas exige cuidados
Os projetos interdisciplinares estão incluídos no cotidiano de diversas escolas e é uma boa alternativa para integrar
diferentes matérias e dar espaço para que alguns temas sejam abordados
de uma maneira mais completa. Muitas vezes, há um grande engajamento da
comunidade escolar nessas iniciativas, mas não fica claro o que os
alunos aprenderam em cada uma das disciplinas. Por isso, é preciso olhar
com atenção como a proposta está sendo construída, quais temas serão
envolvidos e o que vai ser de fato ensinado aos estudante.
A divisão em disciplinas é uma prática necessária para a organização das
escolas e do ensino. É claro que o conhecimento não se limita a uma ou
outra área. "Na vida, os conteúdos estão integrados", ressalta Denise
Guilherme, assessora pedagógica de formação de professores de redes
municipais de Educação. Essa visão mais ampla do saber existe desde a
Antiguidade clássica, mas o conceito de interdisciplinaridade só ganhou
força no final da década de 1960, quando universitários franceses
brigaram pelo fim da fragmentação dos conteúdos e por um aprendizado
mais voltado a temas políticos e sociais.
As reivindicações encontraram eco no Brasil pelos ensinamentos de Paulo
Freire (1921-1997). O educador defendia que era preciso entender de
maneira geral o universo em que se está inserido para só então estudar
as particularidades de cada assunto. "Faltando aos homens uma
compreensão crítica da totalidade em que estão, não podem conhecê-la.
Para conhecê-la, seria necessário partir do ponto inverso. Seria
indispensável ter antes a visão totalizada do contexto para, em seguida,
separarem ou isolarem os elementos", explica no livro Pedagogia do Oprimido (256 págs., Ed. Paz e Terra, tel. 11/3337-8399, 34,90 reais).
Com o tempo, esses conceitos foram incorporados ao discurso dos docentes
e chegaram às salas de aula. Algumas escolas, no entanto, não souberam
bem como transpor a ideia para a prática. Elas não se deram conta de que
há uma diferença grande entre trabalhar de maneira integrada - tendo um
bom projeto político-pedagógico (PPP), no qual os conteúdos conversam -
e a crença de que todos os temas precisam ser abordados pela equipe
docente inteira.
Tomemos como exemplo uma sequência sobre animais marinhos para a
Educação Infantil. O principal conteúdo é de Ciências, mas, na tentativa
de tornar a proposta interdisciplinar, é sugerido que em Matemática os
alunos contem os animais estudados. "O resultado é um trabalho que não
aprofunda o ensino dos temas eleitos e aborda superficialmente as várias
áreas, sem garantir aprendizagens efetivas", comenta Denise. Em vez de
ser uma atividade interdisciplinar, o que se tem é um tema subdividido.
Outro problema comum é considerar interdisciplinar um trabalho de uma
área específica, que apenas aproveita recursos de outra. Usar um texto
científico em uma aula de Ciências, por exemplo, não é trabalhar Língua
Portuguesa. Isso porque se os alunos apenas leram em sala não houve
esforço voltado ao ensino da língua.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/interdisciplinaridade-funciona-686553.shtml
Festa junina, só se fizer sentido
Antes de planejar a festa junina da escola é preciso saber se a
comemoração realmente faz sentido para a comunidade escolar. As ações
para o dia do evento devem ser programadas com antecedência para que não
interfiram negativamente no calendário letivo e todos - alunos,
professores, pais e funcionários - têm de ser envolvidos no
planejamento.
Para Roberta Panico, especialista em gestão
escolar e coordenadora pedagógica da Comunidade Educativa CEDAC, em São
Paulo, é preciso muita atenção para não submeter os alunos a situações
de constrangimento - como obrigá-los a dançar ou comparecer fantasiados,
sem que entendam o propósito das atividades.
Usar o evento
para arrecadar fundos para a escola, seja pela venda de produtos
(alimentos, ingressos ou "vales" para as brincadeiras), seja pela
promoção de concursos como o "Miss Caipira", bastante comum em alguns
estados, é outra ação que tem de passar longe dos objetivos listados
pela equipe gestora.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/festa-junina-quermesse-629282.shtml?page=0
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Declaração dos Direitos da Criança
1º Princípio – Todas
as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor,
sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de
sua família. 2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança. 3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade. 4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto. 5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais. 6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas. 7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito. 8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro. 9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral. 10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes. |
Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são
“Conta a lenda que vários bichos decidiram fundar uma escola.
Para isso reuniram-se e começaram a escolher os cursos que seriam oferecidos.
O pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.
O esquilo achou que ensinar sobre a subida em árvores era fundamental.
E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
Depois de um grande debate, resolveram incluir todos os cursos sugeridos, mas, cometeram um grande erro.
Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O coelho foi magnífico na corrida. Ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram:
- “Voa Coelho”. Ele saltou lá de cima e pluft… coitadinho! Quebrou as pernas. Ele não conseguiu aprendeu a voar e parou de correr.
O pássaro voava divinamente, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira. Nesta aula ele quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar mais.
A escola teve que fechar, pois não conseguiram aceitar as diferenças “
Para isso reuniram-se e começaram a escolher os cursos que seriam oferecidos.
O pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo.
O esquilo achou que ensinar sobre a subida em árvores era fundamental.
E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
Depois de um grande debate, resolveram incluir todos os cursos sugeridos, mas, cometeram um grande erro.
Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O coelho foi magnífico na corrida. Ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram:
- “Voa Coelho”. Ele saltou lá de cima e pluft… coitadinho! Quebrou as pernas. Ele não conseguiu aprendeu a voar e parou de correr.
O pássaro voava divinamente, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira. Nesta aula ele quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar mais.
A escola teve que fechar, pois não conseguiram aceitar as diferenças “
Reflexão:
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem suas próprias qualidades dadas por Deus.
Devemos respeitar as diferenças “Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.”
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