Fazer uma escola atingir bons resultados na aprendizagem dos estudantes e
oferecer uma Educação de qualidade é uma responsabilidade complexa
demais para ficar na mão de apenas uma pessoa. Por muito tempo, somente o
professor foi responsabilizado por isso. Porém a sociedade foi
percebendo que o profissional da sala de aula, sem a formação adequada e
o apoio institucional, não é capaz de atingir sozinho os objetivos
educacionais almejados. Dos anos 1970 para cá, uma série de pesquisas,
realizadas principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, apontou
que a atuação de outros atores também influencia no desempenho dos
alunos. Entre eles, está a dos profissionais que compõem a equipe
gestora da escola. São eles:
- o diretor, responsável legal, judicial e pedagógico pela instituição e o líder que garante o funcionamento da escola;
- o coordenador pedagógico, profissional que responde pela formação dos professores; e
-
o supervisor de ensino, representante da secretaria de Educação que dá
apoio técnico, administrativo e pedagógico às escolas, garante a
formação de gestores e coordenadores e dinamiza a implantação de
políticas públicas.
Como as diversas partes de um jogo de
encaixe, essas funções se articulam formando um bloco coeso para
garantir o sucesso da aprendizagem. A denominação dos cargos varia de
acordo com a rede e eles podem ser exercidos por uma ou mais pessoas.
A função de cada um e o trabalho em conjunto
O diretor
é o gestor escolar por excelência, aquele que lidera, gerencia e
articula o trabalho de professores e funcionários em função de uma meta:
a aprendizagem de todos os alunos. É ele quem responde legal e
judicialmente pela escola e pedagogicamente por seus resultados - essa
última atribuição, a mais importante, é às vezes esquecida.
Já o coordenador pedagógico
deve ser o especialista nas diversas didáticas e o parceiro mais
experiente do professor. É ele quem responde por esse trabalho junto ao
diretor, formando assim uma relação de parceria - e cumplicidade - para
transformar a escola num espaço de aprendizagem. O que ocorre em muitos
casos é que, sem formação adequada, ele acaba assumindo funções
administrativas - e a formação permanente fica em segundo plano ou
desaparece.
O supervisor, terceira peça do trio
gestor, é o funcionário destacado pela Secretaria de Educação,
geralmente um educador, para dar apoio às escolas e fazer a interface do
Executivo com elas. As redes mais bem estruturadas dispõem de uma
equipe de supervisores que divide responsabilidades e se articula para
fazer a orientação dos diretores e apoiá-los nas questões do dia a dia,
formar os coordenadores pedagógicos e os professores e garantir a
implementação das políticas públicas, que são as orientações oficiais
que dão unidade à rede. Beatriz Gouveia, coordenadora do Programa Além
das Letras, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo, que também faz formação
de educadores, afirma que esses técnicos da Secretaria devem ser os
grandes parceiros da equipe escolar: "Com a experiência que têm, eles
podem garantir as condições para que todas as escolas tenham um bom
desempenho".
Fonte: Revista Nova Escola
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