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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Como elaborar boas pautas para as reuniões pedagógicas

Uma pauta estruturada ajuda a planejar o tempo e é uma aprendizagem para o coordenador

Aurélio Amaral (gestaoescolar@fvc.org.br)

Conduzir os encontros de formação de professores é uma das atividades que mais aparecem na rotina do coordenador pedagógico. Mas como garantir que eles de fato contribuam para melhorar a prática da equipe? O segredo para fazer reuniões cada vez mais eficientes é planejá-las com cuidado, prevendo todos os momentos - inclusive os de intervenção dos participantes. E a melhor maneira de fazer isso é elaborando uma boa pauta, que nada mais é do que um roteiro no qual devem constar os objetivos, os conteúdos que serão tratados, as estratégias propostas e os materiais necessários.
 
Poucas pessoas dão importância a essa preparação. Porém formalizar em um documento esses itens tem vários propósitos. Primeiramente, a pauta evidencia a atuação do coordenador pedagógico na formação continuada docente. O arquivo desses registros é imprescindível na construção da memória coletiva da instituição e certamente vai servir de referência para os próximos formadores que ali vierem a atuar e também para outras escolas da rede. Dessa forma, o trabalho dos profissionais mais experientes vai auxiliando na formação dos iniciantes. 

Além disso, o planejamento contribui para a melhor utilização do tempo dedicado à formação. Imagine, por exemplo, deixar uma reunião inconclusa por haver conteúdos demais para o tempo previsto ou ter de interrompê-la para fazer cópias de um material que deverá ser consultado. Tudo isso se resolve ao detalhar o passo a passo do encontro. 
A pauta tem um papel ainda mais significativo. "Redigi-la é um momento de aprendizagem para o próprio coordenador", afirma Débora Rana, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 na categoria Gestor.
Esse processo reflexivo continua inclusive na execução da pauta, momento no qual são incorporados os acontecimentos e as observações que alteram o documento inicial. A análise comparativa da reunião prevista e da efetivamente realizada dá pistas sobre se as estratégias formativas foram bem exploradas e ajuda na preparação dos próximos encontros.

Supervisores e outros coordenadores ajudam no planejamento 

Tudo isso, é verdade, dá certo trabalho. Portanto, o apoio da rede de ensino é fundamental. Graças aos encontros com as supervisoras Flávia Silva e Janaína Sousa, Aparecida Batalha, coordenadora da EM Tomé Torres Fernandes, em Arari, a 167 quilômetros de São Luís, obteve orientação para incorporar a elaboração da pauta à sua rotina. Contar com a participação de outros coordenadores da escola ou da rede - e até do diretor - é uma boa maneira de trocar experiências. De qualquer forma, a definição do foco de cada encontro com os professores exige ter em mãos o projeto de formação da escola - documento que descreve as necessidades dos professores com base nos registros deles, nas observações de aula e na análise de desempenho dos alunos. 

"A pauta de cada encontro tratará de uma ou algumas dessas necessidades, problematizando os conteúdos e propondo uma articulação com a prática na sala de aula", explica Debora Samori, formadora da Comunidade Educativa Cedac, em São Paulo. Nas reuniões seguintes, outros conteúdos serão destrinchados. A previsão dessa continuidade também deve estar presente na estrutura da pauta.

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