tiaemptylidiane

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Uma palavrinha com a família

Verônica Fraidenraich (gestaoescolar@fvc.org.br)
A exposição das produções de Arte da turma, o calendário de reuniões do semestre, as notas, o comportamento. A variedade de assuntos para tratar com as famílias ao longo do ano é enorme - assim como a maneira de se comunicar com elas. Para que esse contato seja uma rotina eficaz e atinja os objetivos esperados, é importante que os pais dos alunos sejam informados sobre todos os meios que a escola usa para informar e dialogar. Essa apresentação deve ser feita logo no início do ano - na primeira reunião, por exemplo - e reforçada com um comunicado por escrito, em papel ou por correio eletrônico, no qual conste os contatos (e-mail e telefone) da pessoa responsável por atendê-los. 

Diante de tantos canais disponíveis (leia abaixo), o planejamento para o uso correto de cada um deles exige critério e bom senso, assim como a indicação dos responsáveis. Essas escolhas dependerão dos profissionais disponíveis ou do tema. Um mural com os eventos culturais, por exemplo, pode ser atualizado pelos professores ou alunos. Quando o assunto envolver uma atividade em sala de aula - um trabalho de campo ou uma pesquisa específica -, o contato com os pais geralmente fica a cargo do professor em parceria com o coordenador pedagógico. Para os demais temas, o próprio diretor pode acompanhar ou designar um funcionário. 

As questões que mais deixam os gestores em dúvida são as que envolvem comportamento e indisciplina. A tendência é telefonar para um dos pais, às vezes apenas para informar, outras para pedir providências - transferindo, assim, a responsabilidade sobre o encaminhamento do problema. Nem sempre essa é a forma mais adequada. Na maioria das vezes, uma briga ou uma atitude inadequada pode ser resolvida dentro da própria escola, com os gestores conversando com o aluno e levando-o a refletir sobre suas atitudes. Já a indisciplina generalizada exige uma revisão das regras gerais ou da prática pedagógica. Algumas ocorrências exigem um encontro entre o aluno, os pais e um dos gestores, pois o contato pessoal permite a exposição detalhada dos fatos, o diálogo e a argumentação de ambas as partes. "A família deve ser acionada se o problema persistir ou em caso de ocorrência grave", afirma a pedagoga Sandra Cristina de Carvalho Dedeschi, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual Paulista (Unicamp), em Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo. 

De acordo com Débora Rana, coordenadora pedagógica da Escola Projeto Vida, em São Paulo, estabelecer uma comunicação eficiente entre todos os atores é fundamental para o processo educacional: "Quando a família está articulada à proposta pedagógica da escola, é possível potencializar a aprendizagem, pois ela traz para o seu cotidiano os temas que o filho aprende em sala". GESTÃO ESCOLAR preparou um quadro para você conhecer os principais canais de comunicação com os pais, suas características e como usá-los com eficiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário