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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sequência Didática - Produção de Texto

Leituras sucessivas de um mesmo gênero ajudam a identificar características
Na área de produção de texto, os conjuntos de propostas com ordem crescente de dificuldade, focados em conteúdos mais específicos, com começo, meio e fim, são muito úteis para trabalhar leituras sucessivas de textos de um mesmo gênero, por exemplo, com o objetivo de identificar suas características discursivas principais.
 
Sequência Didática: Reescrita de fábulas mudando elementos da narrativa

Objetivo(s):
- Comparar diferentes versões de uma fábula, relacionando os diversos sentidos produzidos pelos recursos de linguagem.
- Apropriar-se de procedimentos de escrita, como planejamento e revisão.
 
Conteúdo(s): 
- Leitura.
- Produção de texto.
 
Ano(s): 1º, 2º, 3º, 4º e 5º
 
Tempo estimado: 15 aulas.
 
Material necessário: 
Livros diversos que contenham fábulas e cópias das versões de A Menina do Leite presentes em 12 Fábulas de Esopo (Hans Gärtner, 32 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 28,90 reais) e em Fábulas (Monteiro Lobato, 120 págs., Ed. Globo, tel. 11/3767-7400, 26 reais).
 
Desenvolvimento:
1ª etapa: 
Explore com os alunos fábulas diversas, para que eles conheçam características e recursos do gênero.
2ª etapa:
Distribua cópias das versões de A Menina do Leite para cada estudante. Realize uma leitura compartilhada e ajude a turma a identificar as diferenças entre elas. Quais os recursos utilizados pelos dois autores que as fazem ser diferentes?
3ª etapa:
Convide os alunos a escrever suas próprias versões para a fábula, alterando o que desejarem. Pode ser o final da história, por exemplo. Organize a turma em duplas para a atividade.
4ª etapa: 
Peça que os estudantes recontem a fábula oralmente antes de escrevê-la, propondo que realizem as alterações. Este é o momento certo para explicar a eles a importância de criar elementos em suas produções, colocando marcas pessoais na hora da redação.
5ª etapa: 
No quadro, planeje a reescrita. Questione a criançada sobre os episódios que não podem faltar. Faça perguntas como "O que colocamos no primeiro momento?". Se houver dificuldade na percepção desses elementos, sugira a consulta aos textos de referência e busque com os alunos os indicativos de apresentação dos personagens, por exemplo.
6ª etapa:
É hora de começar a produção. Percorra a sala, orientando as duplas e observando como os pequenos lidam com o processo de reescrita que exige mudanças.
7ª etapa 
Recolha os textos e analise as produções. Em uma folha à parte, anote os aspectos que precisam ser revistos pelas crianças, para usar na etapa seguinte.
8ª etapa:
Devolva o material às duplas e peça que o revisem. Para ajudar, escolha uma produção para ser discutida coletivamente. Assuma a função de escriba e divida o quadro em três partes: na primeira, escreva o planejamento elaborado pela turma. Deixe o meio para a reescrita e, na última parte, transcreva o texto selecionado. Para fazer os ajustes necessários, vá fazendo interrogações como "Isso está repetitivo?". Nas situações conflitantes, proponha a consulta aos escritos de referência, para que percebam como os autores resolveram o problema detectado.
 
Avaliação:
Observe os avanços nos procedimentos de leitura, a inferência e a comparação de informações, o estabelecimento de relações, a síntese de ideias. Em relação à escrita, observe se os alunos aprenderam a planejar, a articular os acontecimentos da narrativa em uma sequência temporal, a usar palavras, expressões e recursos (como a pontuação) de forma a deixar os textos bem escritos e interessantes a fim de proporcionar boas leituras. Também analise os procedimentos de revisão. Por fim, avalie as modificações na fábula sugeridas pelas crianças. Elas fazem sentido em relação ao resto da história?
 
Flexibilização:
Antecipar a leitura das diferentes versões do conto para as crianças com deficiência intelectual (DI) é uma boa medida para ajudá-las a compreender as atividades da sequência. Estimule o aluno a colaborar com as discussões em sala - tanto para apontar distinções entre as histórias, quanto no momento de recontar o conto oralmente. A escrita dos contos em duplas é um bom exercício, mas o aluno com DI também deve escrever. Caso ele ainda não seja capaz de reescrever todo o conto sugira que ele construa uma galeria de personagens - trabalhando com listas e descrições. A turma pode ser avisada de que se precisarem de informações a respeito dos personagens da fábula, podem contar com o material produzido pelo colega. Amplie o tempo de realização de cada uma das etapas.
 
Deficiências: Intelectual

Fonte: Revista Nova Escola
 

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